Talvez eu seja um sujeito excessiva ou ingenuamente otimista. Talvez... Mas, em oposição aos saudosistas de plantão, que, ao mesmo tempo que se regozijam por terem vivido uma época de ouro (sabe-se lá quando foi isso!), lamentam profundamente pelos que vivem na atualidade e pelos que viverão um futuro não muito distante, acredito que estamos vivendo um período de importantes mudanças em processo.

Basta, entretanto, olhar ao redor, para perceber que ainda estamos muito, muito distantes do ideal. Mulheres e homossexuais ainda são vítimas recorrentes dos seus "machos", deficientes ainda precisam superar barreiras físicas e ideológicas e os não-brancos ainda são tratados como uma raça de menor valor, como se existissem de fato raças que subdividissem a espécie humana e como se pudesse justificar eticamente qualquer valoração do ser humano baseada apenas na sua ascendência.
"Verás que um filho teu não foge à luta nem teme, quem te adora, a própria morte", diz um trecho do nosso Hino Nacional. E, seguindo esse mandamento, devemos enfrentar essa "guerra", batalha a batalha, sempre que essas idéias nefastas de classificar grupos como melhores ou piores, pela sua origem ou pela aparência, aparecerem diante de nós. Otimista(s)? Talvez. Conformado(s)? Nunca!!!
Essa tentativa de introdução é só para não ir tão direto a um fato que indignou muita gente nos últimos dias. Está circulando nas redes sociais, um vídeo de um "macho adulto branco" (reproduzido abaixo), que não detém um poder político, mas possui o poder da mídia global, de grande penetração social e de grande potencial de convencimento, exalando preconceito travestido de elogio e admiração.

O segundo aspecto importante, é saber que atualmente, com a descentralização da produção e divulgação de informação/conhecimento, podemos rebater à altura essas idéias, denunciando a sua essência discriminatória e preparando as novas (e também as antigas) gerações para lidar com essas situações com uma postura sempre crítica, pró-ativa e reativa, se for necessário.
É certo que se nos voltarmos para a escola, campo de interesse deste blog, algo mais precisa ser feito. Precisamos implantar programas de combate ao racismo, em certas situações e/ou seguir os conselhos do sociólogo Demétrio Magnoli, que no vídeo postado acima, afirma que se a escola der boas aulas de História, Geografia e Biologia, já estará dando uma grande contribuição contra o pensamento racista que ainda insiste em afetar a vida de muita gente em nosso país. Vale a pena, também, assistir ao vídeo realizado pela Unicef, pois, entre outras qualidades, nos informa de números importantes sobre o impacto do racismo na infância.
Vamos jogar fora o nosso racismo!!!
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