sexta-feira, 30 de abril de 2010

Olhai os movimentos sociais...

Será que não está bastante evidente que o nosso modelo de escola pública já, há muito tempo, não cumpre seu papel? Se continuarmos insistindo na idéia anacrônica de empurrar conteúdos escolares goela abaixo dos nossos alunos, nos distanciaremos, cada vez mais, do ideal de uma educação universalizada e de igualdade de oportunidades.
As mudanças na escola pública que atende às camadas de baixa (ou baixíssima) renda, devem ser mais radicais que a simples adoção de "novidades" didáticas, que costumam ter uma vida útil tão curta quanto um aparelho de celular se mantém como novidade. É necessário mudar a filosofia que fundamenta as ações da escola, adequá-la aos estudantes reais que ultrapassam diariamente o portão das escolas.
Observar o que têm feito os movimentos sociais é um bom começo para que os mais pessimistas possam ver que é possível mudar a rota de crianças e jovens tidos como rumando, inexoravelmente, em direção ao fracasso, às drogas, à criminalidade.
Enquanto na "sala da injustiça" das nossas escolas, os alunos aprendem que não têm valor algum, é surpreendente ver como os educadores sociais usam de elementos ligados à reconstrução da auto-imagem daqueles que participam dos projetos. O resultado disso fica evidente na formulação de projetos de vida, até então inexistentes para muitos desses participantes.

2 comentários:

  1. Será que os profissionais de educação acreditam na Escola Pública? Será que os políticos acreditam? Por que os filhos deles não estudam em Escolas Públicas?

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  2. Pois é, Antero. Essa é uma excelente pergunta. Se as pessoas responsáveis, direta ou indiretamente, pela escola pública fossem obrigadas a matricular seus filhos nela, creio que daríamos um significativo salto de qualidade!

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